Uso da Sibutramina

 

Em Portugal, a sibutramina é proibida desde 2010. Durante muitos anos foi utilizado em medicamentos manipulados de emagrecimento, nada melhor do que ter uma vida saudável, uma alimentação equilibrada e não esquecer o exercício físico.


Por causa do uso da sibutramina, nos medicamentos manipulados de emagrecimento aconteciam algumas coisas engraçadas por parte de alguns utentes :)

Milagrosamente, o frasco que tivesse este Principio Ativo os utentes reclamavam sempre que faltavam cápsulas também apareciam receitas com data apagada ou receitas que não passavam de fotocópias a cores.


Circular Informativa INFARMED

Comemoração do 29º Encontro do dia do Técnico de Farmácia - 6 e 7 Dezembro 2014

Axis Ofir Beach Resort Hotel



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Não serão aceites inscrições e pagamentos no decurso do próprio evento

A dose, as farmácias e a desertificação - Dr. PAULO CLETO DUARTE


As farmácias sofreram uma dose de austeridade seis vezes superior à recomendada.


A dose foi uma das grandes descobertas da ciência farmacêutica em favor da humanidade. Com a prata, metal associado à saúde e à purificação, os romanos não cunharam só moedas, mas também colheres para administrar terapêuticas. No Museu da Farmácia, em Lisboa, podemos admirar outra arma revolucionária contra a doença: um conta-gotas do século I ou II, com origem na região do Sudoeste Asiático onde hoje encontramos a Síria. As civilizações antigas descobriram que a dose e a duração de um tratamento são critérios decisivos para alcançar a cura. E para evitarmos a fronteira de todos os perigos, a partir da qual um medicamento passa a ser mais nocivo do que benéfico. “A posologia correcta diferencia o remédio do veneno”, resumiu, no Renascimento, Paracelso, considerado o fundador da toxicologia.

O conceito de dose, nos últimos anos, foi referido algumas vezes na TV, principalmente pelos economistas que evitaram o discurso a preto e branco sobre a austeridade. Mas, se reparamos bem, o problema decisivo da dose, em regra, não faz parte do debate político. As medidas, ou as reformas, são “boas” ou “más” consoante a filiação ideológica e partidária dos comentadores. É raro ouvirmos um deputado da oposição dizer “essa medida até era boa, senhor ministro, mas foi longe de mais”.

Qualquer profissional de saúde sabe que, em momentos de urgência, como o da iminência de bancarrota, nem sempre se pode respeitar a posologia. Perante um doente aflito, os médicos e enfermeiros mais experientes sentem-se forçados a arriscar. Em muitos casos, esse risco é recompensado com a suprema alegria de mais uma vida salva. Passado o momento crítico e resgatado um doente que parecia condenado, em regra volta-se a respeitar a dose farmacológica indicada, que por alguma razão alcançou o consenso científico depois de anos de ensaios clínicos. Uma dose exagerada pode, em circunstâncias especiais, mostrar-se acertada. Mas torna a ser inaceitável perante a evidência de que está a ter efeitos tóxicos.

As farmácias sofreram uma dose de austeridade seis vezes superior à recomendada. No memorando da troika foi previsto um corte de 50 milhões de euros no sector, mas o corte real foi de 314 milhões. Profundas razões culturais podem explicar a aparente resignação dos farmacêuticos, que não fizeram greves nem manifestações. Por um lado, as farmácias são micro e pequenas empresas portuguesas. Para elas, a falência de Portugal seria pior do que qualquer terapia. Por outro, a maioria das farmácias continua a ser o negócio familiar de farmacêuticos, profissionais com pelo menos cinco anos de formação universitária e 40 anos de serviço inovador à sociedade portuguesa. Os farmacêuticos portugueses acreditam no futuro e confiam que a evidência tem sempre consequências.

Como alertou o Banco Mundial, num relatório de Outubro de 2013, a austeridade seis vezes superior à dose indicada pela troika introduziu em Portugal o risco, inédito, de “ruptura da rede de farmácias”. Nas contas da Universidade de Aveiro, 2414 das 2915 farmácias portuguesas deram prejuízo em 2012, o que corresponde a 83% da rede. As 415 farmácias mais pequenas têm, em média, 50 mil euros de prejuízo anual por manterem a porta aberta. Ora, muitas dessas farmácias são o serviço de saúde que resta às populações, rurais ou urbanas, mais isoladas e desfavorecidas. Na última década fecharam, em Portugal, 763 extensões de centros de saúde e 200 serviços de atendimento permanente ou de urgência básica. Desapareceram, também, 1330 postos dos correios e três em cada quatro escolas do primeiro ciclo, as antigas escolas primárias.

O sociólogo António Barreto sempre defendeu que o despovoamento e a concentração de serviços são fenómenos próprios do desenvolvimento económico, mas também alertou para o problema da dose. “Os ministérios perdem a cabeça, os directores-gerais perdem a cabeça e em vez de quatro escolas é dez, depois em vez de dez são 20, depois das 20 passa a 40, e depois não se repara, não se faz a diferença”, declarou, numa recente entrevista aoDiário de Notícias.

É evidente que Portugal, para dar a volta ao envelhecimento da população e à desertificação do território, tem de criar condições para que os portugueses possam constituir família, ter iniciativa empresarial e emprego. As farmácias são a maior — e melhor distribuída — rede de combate à desertificação. O facto de serem o serviço de saúde mais próximo da esmagadora maioria dos portugueses tem de ser aproveitado. Com urgência, porque nenhuma pequena empresa resiste a 50 mil euros de prejuízo por ano.

Presidente da Associação Nacional das Farmácias


Substâncias Permitidas - nº 1 do artigo 6º Decreto-Lei nº 95/2004 de 22 de Abril

Substâncias Permitidas

Só podem ser utilizadas, na preparação de um medicamento manipulado, as matérias-primas inscritas:

  • na Farmacopeia Portuguesa;
  • nas Farmacopeias de outros Estados Partes na Convenção Relativa à elaboração de uma Farmacopeia Europeia;
  • na Farmacopeia Europeia;
  • ou na documentação científica compendial  


Desde que os medicamentos que as contenham não tenham sido objeto de qualquer decisão de suspensão ou revogação da respectiva autorização, adotada por uma autoridade competente para o efeito.

(Razões de saúde publica exemplo: Reductil que até a bem pouco tempo era vendido ilegalmente no Facebook)   

Civilizações antigas


Desde o início da História Humana, na Mesopotâmia assim como no Egipto, o Sacerdote, o Médico e o farmacêutico eram uma só pessoa. A separação entre o primeiro e os segundos, acontece ao longo da antiguidade, enquanto que a separação entre o Médico e o Farmacêutico realiza-se apenas na Idade Média.
    
As receitas mais antigas conhecidas provém da Mesopotâmia e chegaram-nos em tabuletas de argila, datando 2000 A.C. A matéria médica das populações assírias, compunha-se essencialmente de substâncias vegetais, animais e minerais.
No Egipto, o arsenal terapêutico era já muito vasto e a sua farmacologia exerceu uma grande influência na medicina Grega e Romana.
   

Colher de Xisto para Unguento
Egipto 750 - 525 a.C.

Triptófano



O triptofano (ou triptófano em Portugal) é um dos aminoácidos codificados pelo código genético, sendo portanto um dos componentes das proteínas dos seres vivos. É um aminoácidoaromático essencial para a nutrição humana. Ele é um dos vinte aminoácidos no código genético (códon UGG). Apenas o L-estereoisômero aparece na proteína mamália. O triptofano vem antes da serotonina e é representado pela letra "W". Estudos indicam também que o triptofano é a substância responsável pela promoção da sensação do bem-estar. O triptofano absorve luz ultravioleta.





Hidroquinona / Gel de Hidroquinona














Hidroquinona

Descrição / especificação técnica:


Fagulhas brancas que escurecem quando expostas a luz, contendo no mínimo 99% de hidroquinona.

Propriedades:

É utilizada topicamente no tratamento de hiperpigmentação cutânea, como melasma, sardas e lentigo. A hidroquinona aumenta de melanina dos melanócitos e pode também prevenir a sua formação. 

 Posologia / concentração: 2% a 10% 

 Via de administração: Tópica



Gel de Hidroquinona


Não se deve usar metabissulfito de sódio em associações de hidroquinona e ácido glicólico, pois ocorre uma reação química com libertação de ácido tioglicólico. No entanto, pode-se acrescentar o metabissulfito em associações da hidroquinona com o ácido retinóico como anti-oxidante, pois não ocorrem reações e portanto, não há incompatibilidade.

BOAS PRÁTICAS DE PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS - DOCUMENTAÇÃO

  • São elaborados pelo Farmacêutico Diretor Técnico ou sob a sua sua supervisão;
  • São assinados e datados pelo Farmacêutico Diretor Técnico;
  • Todas as alterações são validadas pelo Farmacêutico Diretor Técnico;
  • São arquivados na Farmácia durante um prazo mínimo de três anos.





   Boas Práticas Farmacêuticas para a farmácia comunitária - Ordem dos Farmacêuticos

Recepção de Matérias-Primas (para uso em MM ou dispensa a granel)




Portaria nº 594/2004 de 2 de Junho


  • Devem, preferencialmente, ser adquiridas a fornecedores devidamente autorizados pelo INFARMED ou sujeitas a análise em laboratório idôneo ( ex: certificação GMP, normas ISO, etc) 
  • Verificação da matéria-prima recepcionada quanto à sua correspondência com a encomenda;
  • Embalagem íntegra e satisfação das condições de higiene e de conservação estabelecidas para a matéria-prima  em causa;

Boletim de análise:
Documentação em PT

Satisfaz as exigências da monografia respectiva -» Farmacopeia referenciada no B.A.

O rótulo deve indicar expressamente:
  1. Identificação da matéria-prima;
  2. Identificação do fornecedor;
  3. Número de lote;
  4. Condições de conservação;
  5. Precauções de manuseamento;
  6. Prazo de validade.

QUARENTENA : B.A aprovado / rejeitado pela DT da Farmácia

  • Carimbo
  • Data
  • Conforme/Não conforme
  • Assinatura

Aprovadas: 

  • Armazenadas em condições de conservação apropiadas (atenção a incompatibilidades entre substâncias )
  • Evitar contaminações cruzadas.
 Rejeitadas:

  • As matérias-primas rejeitadas deverão ser destruídas ou devolvidas ao fornecedor com a maior brevidade possível.