Hóstias ou cápsulas amiláceas


Hóstias ou cápsulas amiláceas

Esta forma farmacêutica, cuja designação corrente entre nós é de hóstias (do latim oblatum), é constituída por duas cúpulas de pão ázimo, de forma redonda, bicôncavas na parte central e planas nos bordos, no interior das quais se acondicionam medicamentos sólidos pulverulentos.
Tudo leva a crer que as hóstias tiveram a sua origem num preparado de sulfato de quinina que se introduzia entre duas rodelas de farinha cozida e era conhecido por « rémede du curé de Pérols». Em 1853, Guillermond apresentou à Sociedade Médica de Lião uma forma farmacêutica semelhante à anterior, a qual era constituída por duas rodelas de pão ázimo, entre as quais se encontravam pílulas esmagadas. A esta preparação deu o autor o nome de énazimes.
Foi em 1872 que Limousin, com a colaboração de Toiray, construiu um aparelho que permitia obter as hóstias tal como se utilizaram até há duas ou três décadas. Quatro anos mais tarde, Digne aperfeiçoou o método de preparação proposto por Limousin, o que veio permitir a enorme difusão desta forma farmacêutica.
As hóstias, que tiveram um largo emprego durante mais de 50 anos, têm sido relegadas para segundo plano e ao longo dos anos, foram substituídas por outras formas farmacêuticas que sobre elas apresentam a vantagem de um maior rendimento de produção e melhor conservação.
Em França esta forma galénica é designada por cachets, nome que também se tem divulgado em países de língua anglo-saxónica. Na América é também corrente ter a designação de Konseals.